E aí o boy manda um e-mail para o Biblioteca Queer falando que é gaúcho e artista plástico. Seu codinome é James F. e ele faz escultura homoerótica. Um trabalho fofo, uma obra que fica ótima na estante da sala. No link abaixo há uma galeria com a escultura vista por outros ângulos!
Confira abaixo uma galeria com fotos das esculturas do James.
E, é claro, que quando um boy te escreve dizendo que é gaúcho e artista plástico a gente fica interessada. Então a gente faz a jornalista e entrevista o boy!
BQ.: Nhaííí! Quer tc? Me fale de você!
James F.: O James é um cara do bem, um cara tranquilo, que adora esportes (capoeira, musculação e basquete). Tem 32 anos, moreno, 1,70m. Adora adora pintar, esculpir e desenhar. Apaixonado pela vida e tudo de bom que ela proporciona, apesar de ainda estar preso em um armário cuja chave está mais próxima de ser alcançada. Um homem que se apaixona fácil, mas muito cauteloso nas suas escolhas.
BQ: E como surgiu este trabalho?
James F.: Desde criança já tinha um certo talento no mundo das artes, talvez pela influência do pai que desenha e esculpe. Lembro que sempre tentava aperfeiçoar meus desenhos e quando não conseguia me irritava (coisa de criança). Mas foi assim que aos poucos fui aprimorando minhas técnicas, descobrindo outros talentos que possuía (escultura), foi tudo muito natural, a medida que eu amadurecia.
BQ: E essa pegada bear no seu trabalho, de onde surgiu?
James F.: Mesmo criança eu já sabia da minha orientação sexual, porém na minha adolescência conheci um senhor grande, parrudo e peludão por quem no inicio tive uma certa admiração. Com o tempo acabei gostando demais dele, mas ele só foi saber anos mais tarde. Qual não foi minha surpresa quando ele me disse que também gostava demais de mim. A partir dai se abriu esse mundo incrível de ursos também incríveis.
O que eu não sei dizer e porque não pensei nisso antes… Logo eu com um interesse tão grande por ursos já poderia estar produzindo várias esculturas. Agora não paro mais. Como havia dito anteriormente, comecei com temas sobre capoeira, acabei passando pra esculturas de super-heróis – por influencia daquele amigo que produzia escultura de argila. Logo depois comecei a desenhar muito. Desenhos chamados “realísticos”, com uma gama de detalhes que no final acabam parecendo fotos. Fiquei um bom tempo desenhando, mas o que eu gostava mesmo era de por a mão na massa, literalmente e acabei voltando para a escultura. Sempre fui aficionado por corpo humano. Pesquisei muito sobre anatomia, saber onde ficava cada músculo pra poder esculpir sem medo de errar.
BQ: Como surgiu seu interesse pela escultura?
James F.: Meu interesse pela escultura surgiu quando eu conheci um cara que fazia esculturas de argila. Ficamos muito amigos e ele me perguntou se pelo fato de eu saber desenhar talvez eu pudesse também esculpir. Respondi que nunca havia tentado, mas quando comecei a praticar capoeira surgiu uma oportunidade incrível: Meu mestre estava promovendo um encontro de capoeiristas brasileiros e italianos e queria entregar uma lembrança para eles. Daí me surgiu a ideia de fazer miniaturas de aproximadamente 15 cm de capoeiristas de argila. Disse a ele que iria fazer um de teste e que se ele gostasse eu faria os outros. Sucesso total! Não só ele mas todos os outros italianos adoraram muito.
BQ: Você tem algum artista que te inspira?
James F.: Sempre admirei demais as artes, particularmente as esculturas. Gosto do tridimensionalismo que ela proporciona. O fato de poder ter varias perspectivas de um trabalho me empolga muito. Meu pai tem muitos livros sobre artes. Lembro que adorava ficar folheando alguns e apreciando aquelas estatuas gregas perfeitas e ficava imaginando como o artista sabia onde ficava cada osso, cada músculo e conseguia moldar tudo isso numa pedra argila ou outro material.
As esculturas de Michelangelo me chamavam atenção e até mesmo sua história acabei lendo para saber mais. Ele também apaixonado por um de seus pupilos. Ainda admiro demais este artista. Meus trabalhos continuam evoluindo por admiração aos trabalhos dele.
Ainda falta muito pra eu aperfeiçoar, mas continuo praticando. Funciona assim: pesquiso o que mais me atrai, procuro posições, maneiras de fazer vários, ângulos daquela posição e a partir dai começo o trabalho de esculpir.
BQ: Ai, fiquei super excitada com todo esse lance de posições. Tem foto sua? (A gente ama arte pela arte)
BQ: Uuuuiii! Como a gente faz pra adquirir seu “trabalho”?
James F.: Se alguém se interessar pode entrar em contato comigo por esse e-mail: ti.ago80@hotmail.com.
Obs.: Gentem, é claro que o diálogo com a BQ foi ficcionalizado, mas as falas são originalíssimas. A equipe do Biblioteca Queer agradece imensamente o e-mail do James F. e a autorização para divulgação das fotos do seu trabalho. Quem quiser adquirir uma das obras, pode entrar em contato pelo e-mail acima.